26 de dez. de 2013

Resenha: Prodigy - Marie Lu


Título: Prodigy
Original: Prodigy
Série: Legend #02
Autora: Marie Lu
Páginas: 304
Editora: Prumo (2013) e Rocco (2014)

Sinopse: Os opostos perto do caos. Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez. Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.

Contém alguns spoilers do livro anterior!

Prodigy é a tão aclamada sequência do livro Legend da autora Marie Lu. Utilizando-se de uma linguagem simples, personagens cativantes e narrativa empolgante, temos em mãos um livro que é QUASE melhor do que o primeiro e que nos deixa aguardando ansiosamente pela sua continuação, que tem previsão de lançamento aqui no Brasil para o ano que vem.

Como no livro anterior, os capítulos são todos em primeira pessoa e intercalados por Day e June, personagens principais da trama. Isso traz um dinamismo muito grande à leitura, pois somos sempre apresentados aos pensamentos e problemas de ambos os personagens e ficamos esperando cada vez mais pelo próximo capítulo.

Após lutarem em lados opostos, Day e June precisam juntar forças para enfrentar o poder tirano da República e a sua maneira bárbara de manter a população sob controle, ainda mais agora que a praga está se alastrando cada vez mais rapidamente. Depois de ambos terem alguns familiares mortos, seus instintos mais primitivos se desenvolvem nesse livro e acabam inflamando muitas discussões entre os dois.
   "Cada segundo agora é uma ponte entre a vida e a morte."
Gostei bastante do desenvolvimento dos personagens principais, pois agora eles expressam os seus sentimentos de maneira mais direta e não deixam nada para depois, o que pode não ser bom para os dois. Faltou a autora focar um pouquinho mais nos personagens secundários, que acabam não participando muito da narrativa e se tornam apenas meros pontos de ligação entre alguns acontecimentos.

Por ser um livro de pouca enrolação e muita ação, o que eu considero primordial para o gênero distopia, a trilogia Legend está facilmente entre as melhores de todos os tempos. Dê uma chance, você não irá se arrepender!

Ah, não posso esquecer: "Nada é o que parece ser nesse livro". Leia e descobrirá!

Pontos fortes: narrativa eletrizante, acontecimentos difíceis de se antecipar, personagens identificáveis com o leitor.
Pontos fracos: difícil achar um ponto fraco em um livro tão bom. A falta de maiores detalhes em algumas partes e de um pouco mais de foco em personagens coadjuvantes, talvez.

Avaliação final:

Trilogia Legend:

1º livro - Legend
2º livro - Prodigy
3º livro – Champion

15 de dez. de 2013

Resenha: O Nome do Vento - Patrick Rothfuss


Título: O Nome do Vento
Original: The Name of the Wind
Série: A Crônica do Matador do Rei/The Kingkiller Chronicle #01
Autor: Patrick Rothfuss
Páginas: 656
Editora: Arqueiro (2009)

Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso. Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.


O Nome do Vento é um livro que sempre esteve na minha estante, à espera das minhas mãos para abri-lo e degustar de sua história. Muito tempo se passou e finalmente tive a oportunidade necessária para me dedicar à leitura do mesmo. Com uma história envolvente e uma narrativa um pouco diferente do que estou acostumado, acabei gostando dele.

A trilogia A Crônica do Matador do Rei é narrada em primeira pessoa pelo personagem Kvothe, atualmente um mero dono de estalagem em uma pacata cidade, que precisa contar a história da sua vida a um cronista em até três dias (cada livro corresponde a um dia) e o faz relembrar de todos os acontecimentos marcantes por quais passou.


O primeiro deles, o que mais afetará a sua vida, é o assassinato de toda sua família e a trupe que o acompanhava pelos Chandrianos, demônios assassinos que tem como marca muito forte o fogo azul usado por eles nos seus atos. A partir desse momento, Kvothe precisa viver sozinho e sai perambulando pelas florestas próximas e pela cidade de Tarbean, onde começa a procurar informações sobre o grupo que matou seus parentes, sempre na inseparável companhia do alaúde usado por seu pai, umas das únicas coisas que sobraram depois do massacre e que remete Kvothe aos bons tempos de outrora.

- Ademais, tudo isso aconteceu há muito tempo – disse, com um gesto desdenhoso. – O tempo é um grande remédio, e por aí vai.

A partir daí, a história enrola bastante até o momento em que Kvothe chega à tão desejada e sonhada Universidade, onde poderá achar mais informações sobre o Chandriano e também descobrir o "nome do vento". Lá, nosso protagonista encontra todo o tipo de pessoa, mas vale destacar a amizade que ele faz com Wilem e Simon, a sua paixonite aguda por Denna (não posso esquecer de comentar a falta de trato e de experiência do Kvothe com as mulheres, que chega a ser engraçada em vários momentos) e as suas brigas e consequentes complicações por causa de Ambrose, um garoto rico que insiste bastante em pegar no pé de Kvothe e faz de tudo para atrapalhar a sua vida.

Ah, também não posso esquecer de comentar que existe uma ligação muito grande entre Kvothe e a música, pois foi o recurso utilizado pelo personagem para se livrar um pouco da solidão que o acompanha permanentemente e ter algo que ele pudesse chamar de seu, algo que o fizesse ter vontade de viver, o que acaba permeando muitas partes do livro:

"A música é uma amante orgulhosa e temperamental. Recebendo o tempo e a atenção que merece, ela é sua. Desdenhada, chega o dia em que você a chama e ela não responde. Por isso comecei a dormir menos, para lhe dar o tempo de que ela precisava."

O livro só peca mesmo em trazer pouquíssimos momentos de ação (que, no meu ver, são extremamente necessários e fundamentais para esse tipo de livro) e por deixar vários assuntos pendentes para o próximo livro, o que muitas vezes pode ser considerado bom ou ruim, mesmo aguçando bastante a curiosidade do leitor. Faltou também um GRANDE momento no livro, algo que fizesse o livro se tornar indispensável, mas é uma leitura bem válida e eu certamente partirei para a continuação O Temor do Sábio.

Pontos fortes: um estilo diferente de literatura fantástica que tende a me agradar um pouco no futuro, mas que eu só descobrirei quando ler o segundo livro. A estreita relação de Kvothe com a música também dá um toque legal ao livro.
Pontos fracos: pouca ênfase em batalhas e várias "arestas" soltas.

Avaliação final:

A Crônica do Matador do Rei:

1º livro - O Nome do Vento
2º livro - O Temor do Sábio
3º livro - The Doors os Stone (sem previsão)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...